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Brand Lovers: O guia definitivo para começar sua legião de fãs

Brand-Lover

Olá amigo leitor!

Hoje vamos  falar das pessoas que se tornam promotoras de nossas marcas, e que vestem a camisa, com nossos logos: os Brand Lovers.

Sei que pode parecer algo intangível, mas muitas empresas podem começar a dar um pouco mais de atenção na maneira que interage com o público, principalmente aqueles que já são consumidores.

Toda aquele papo do “conseguir novos clientes é mais caro do que manter os que você já tem” será uma verdade implícita em tudo que vou afirmar e detalhar aqui hoje.

Esse artigo serve para você que:

  • Quer fidelizar clientes, porém;
  • Não sabe como começar a ter seus Brand Lovers, e precisa de ajuda;
  • Deseja ter uma marca mais descolada;
  • Deseja falar a língua da nova geração, e se conectar com eles;

Vou começar pela dúvida mais óbvia.

O que é um Brand Lover?

Um Brand Lover (amante ou apaixonado da marca), é a pessoa que desenvolve um vínculo muito forte com sua empresa ou produto. Essa pessoa se identifica com a cultura, valores e todo o contexto envolvido da marca em questão.

É uma pessoa altamente propensa a falar da marca para outras pessoas, sendo um propagador da marca.

Se você possui alguns Brand Lovers, isso significa que você tem pessoas que acreditam de verdade em sua mensagem, e defendem a marca na hora de compará-la com outras do mercado.

Esses verdadeiros fãs chegam até mesmo a falar dos produtos e serviços que compram de você para familiares e amigos, falando sempre bem deles; afinal, ele ama o produto que comprou e que usa sempre.

 

…e eles lutarão por você.

Seus Brand Lovers: Por que você deveria se importar com isso?

Os Brand Lovers são o tipo de pessoas, ou consumidores, dos quais todas marcas e empresas deveriam focar em adquirir — ou criar.

Eles farão propaganda positiva de você, em troca de absolutamente nada. Eles indicam o produto pois se sentem naturalmente compelidos a falar da marca para outras pessoas.

Isso ocorre porque boas experiências ampliam o status das pessoas, e o resultado é uma experiência positiva.

Primeira lição do dia: Status e como as pessoas falam (ou não) de um produto ou marca

Segundo o livro Expert Secrets, existe uma coisa por traz do ato de falar de um produto ou marca para outras pessoas: o status positivo que ele criou.

E não estou falando de status social, como boas roupas e um carro top na garagem. Estou falando da maneira que as pessoas vão responder a sua experiência.

Por exemplo: Se você compra um suco muito bom, por um ótimo preço. Você comentaria com amigos certo? Eles ficariam agradecidos.

O mesmo vale inversamente.

Você jamais indicaria algo para alguém do seu ciclo de amizades, que não te trouxe uma boa experiência.

As experiências ruins resultam em declínio de status: ficamos tristes ou arrependidos da compra, e até evitamos falar do produto para outras pessoas.

Um Brand Lover teve uma experiência tão positiva, que ele fica entusiasmado em falar desse produto ou solução. Ele se torna um promotor da marca, e gera um verdadeiro marketing de boca a boca

A forma de prospectar clientes “está crescendo!”

“Era uma vez um bebê, que foi crescendo, e crescendo. Até que virou um elefante!”

Brincadeiras à parte, o mundo da prospecção e dos negócios digitais cresceu a ponto de nenhuma mãe ter conseguido acompanhar o crescimento do filho.

Foi necessário fazer uma busca por alternativas, para conseguir acompanhar esse crescimento.

E uma dessas alternativas aos métodos tradicionais de obtenção de clientes, é uma aproximação mais viva e vibrante com o público.

Isso pode envolver diversas estratégias, como redes sociais, campanhas e eventos (falarei disso mais à frente, com a Starbucks).

Hoje os profissionais de marketing estão muito mais preocupados com a retenção do que a obtenção de pessoas, afinal, o que traz lucros de verdade é o relacionamento duradouro.

Reter x Conseguir novos clientes

Antes de explicar como você vai começar a criar fãs, devo falar um pouco sobre a arte de reter seus consumidores.

Vou explicar porque está tendo essa transição do foco em aquisição de clientes para estratégias de retenção:

  • Já foi comprovado que clientes que já compraram de você tem a tendência de comprar produtos mais caros, ou seja, fazer um upsell;
  • Consumidores recentes não fazem muita indicação, mas os de longa data sim;
  • Indicação é mais persuasiva que qualquer banner e propaganda de Ads. E você não gasta nada (diretamente) para ter tal privilégio;
  • Empresas que vendem serviços e produtos SaaS e PaaS, se tornam lucrativas apenas com boas estratégias que vão além das vendas, abrangendo o pós vendas, com o Sucesso do cliente. E isso vai de total encontro a o que é ter sua legião de fãs e brand lovers.

 

— Bom, agora sim, aula prática!

Tutorial: Como conseguir seus 10 primeiros Brand Lovers

Enquanto eu pesquisava para falar do tema de hoje, descobri a existência de um Index para mapear o quanto uma empresa consegue criar/ativar um Brand Lover.

As 5 áreas que eram calculadas e observadas nesse estudo eram: diversão (fun), relevância, engajamento, “social” e o fator “ajuda”, que tinha relação com valores de impacto social.

Portanto, tenha sempre em mente esses 5 fatores quando quiser construir campanhas fortes, com bastante apelo ao público, que é quem vai de fato aprovar seu produto e a marca.

Pode até parecer difícil construir um movimento para a criação de apaixonados por sua marca.

Mas acredite, ter seus 10 primeiro promotores de marca será uma tarefa fácil, mas feita com mão na massa, dando a cara a tapa, assim:

#1 – Diga oi!

Tudo o que você vai fazer, é conversar com alguns seguidores de sua página. Seja no Instagram, Linkedin. Você vai escolher algumas pessoas, e abordar elas diretamente.

Você poderá pedir para que contem de suas necessidades e opiniões sobre o produto ou marca. Saiba que é um contato inicial, pois provavelmente envolverá um contato futuro.

Mas antes descubra se ela de fato conhece você e o que você faz. Falar com curiosos que estão de passagem será de valia nenhuma.

Depois você poderá citá-los em seus vídeos ou lives, falando que foi a sugestão de “tal pessoa” o que você fez.

Caso não publique material dessa forma, temos a dica #2

#2 Eai, gostou?

Caso você trabalhe com produtos ou serviços, mas sem alguma estratégia de branding (por exemplo, vídeos no Youtube), essa dica é para você.

Depois de começar a testar, e até mesmo de abraçar sugestões de clientes e seguidores, pergunte o que acharam da alteração que você fez.

Fale com eles sobre isso em sua newsletter ou em pontos de contato que você costuma usar.

Crie canais de contato entre você e seus clientes, que já estão em uma jornada para se tornarem Brand Lovers. Faça eles participarem da construção da marca.

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“Já leu sobre o nosso curso de growth hacking?”

#3 Eventos a custo zero

Nesses eventos, a ideia é as pessoas poderem estar perto de você, sem custo algum.

Um exemplo foi uma série de Lives que a Jana Ramos fez no começo da Pandemia. Você pode usar uma estratégia semelhante, ou apenas criar um “pequeno show” no Linkedin, como publicação de artigos semanais, etc.

Enfatizei que o custo é zero, pois você deverá cobrar por mentorias e pelo seu tempo somente lá na frente, em um outro momento.

Aqui é hora de entregar, para depois receber.

Falamos de produção de conteúdo e outras dicas nesse artigo.

#4 Rumo aos 100 brand lovers!

Você vai continuar com esses passos de maneira consistente, e provavelmente será necessário ter ajuda de outras pessoas, até mesmo de uma equipe para seu plano ganhar volume.

Uma estratégia direta funcionava para ter seus 10 ou 20 fãs, mas para crescer isso será necessário ser menos direto, que é o que Youtubers e artistas fazem em suas páginas sociais.

Lembre eles que você existe, publicando coisa útil e construtiva. Mostre como sua marca pode ser útil na vida das pessoas, com exemplos reais.

O segredo está em apostar em seus valores e ideias únicas, afinal, seu Rapport com aqueles que pensam como você será instantâneo.

Quem tenta agradar todo mundo, sendo amigão e generalista, não consegue muitos brand lovers, ok?

Como conseguir passar dos 100 Brand Lovers?

Confesso que agora a missão está ficando mais difícil.

Marcas grandes conseguem fazer isso com facilidade, mas e nós, reles mortais, em meio a tantas empresas de produtos similares?

Vou dar alguns exemplos teóricos, para depois voltar para a prática.

Usarei o exemplo de uma grande marca, com um exemplo dos anos 70 (para fugir daqueles velhos cases Apple ou Nike, ok?).

Vou falar do Fusca, da Volkswagen.

“Think Small”

Enquanto eu estava fazendo um curso de Copywriting, um dos módulos era inteiramente dedicado a campanha do “Beetle”, o nosso Fusca.

E o motivo é bem simples: segundo o professor, essa foi a campanha publicitária mais bem sucedida da história.

Portanto, a campanha mundial para promover esse carro foi única – e até irônica às vezes– , com mensagens que provocavam as pessoas: “Pense pequeno“, “Compre de outra marca e fique refém da oficina“, e até piadinha sobre mulheres no volante.

Mas vou explicar como isso se encaixa aqui

As pessoas assimilaram a mensagem e toda a publicidade do carro a um novo estilo de vida. Na época os carros eram grandes e pouco econômicos com gasolina, peças e afins.

O Fusquinha quebrou diversos paradigmas, e junto a Kombi (com outro nome no exterior), passavam uma imagem de pessoas que não eram consumistas, e que acima de tudo, eram modernas.

Logo, ser o dono de um fusca implicou em um status especial, que automaticamente tornava as pessoas “descoladas”.

Não é a toa que até hoje existem clubes de donos de fuscas e afins.

Exemplos mais recentes

Entre 2014 e 2016, o Starbucks se destacou no quesito adquirir verdadeiros fãs, pois a marca conseguiu se comunicar com eles, na fonte. Foi uma empresa heavy user de redes sociais.

E não foi só isso não. A empresa criava eventos para seus clientes, criando uma verdadeira comunidade de Starbucks lovers. E criou um aplicativo, onde os usuários davam opiniões e interagiam com outros clientes da marca; criando assim uma comunidade online.

E detalhe: A Starbucks possui um NPS invejável, um verdadeiro exemplo a ser seguido.

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🤩O seu plano de Brand Lovers em ação!

Ok, eu sei que provavelmente você não está em uma multinacional,  e que nem mesmo pode tomar a iniciativa de fazer eventos ou aplicativos para sua marca, como a marca de cafeterias fez.

Porém, as brechas do sistema, que nós Growth Hackers procuramos, estão em detalhes mínimos.

E são exatamente esses os lugares que você encontrará maneiras de ser uma empresa lembrada por todos, que se diferencia das demais:

  1. Se você é pequeno ou médio, seu contato com o cliente consegue ser próximo, e até direto (ver dica #1 de como ter 10 brand lovers) 
  2. Se sua empresa não for tão pequena assim, você poderá ser lembrado ao criar seus perfis em redes sociais e “programas” de interação; como séries de vídeo ou aplicativos(App’s) de interação com o cliente 
  3. Mais fácil ainda, você pode ter profissionais responsáveis pela comunicação. Até mesmo um produtor de conteúdo ou redator pode fazer isso. Mas isso só vai funcionar se tiver um canal direto de comunicação. E nada de Bots!🤖🤖🤖
  4. Você pode ter um CS (Customer Success) diferenciado, que pede feedback e usa testimonials reais em seus produtos. Você vai descobrir que as pessoas amam participar e de construir de maneira colaborativa uma marca. 

Para não dizer que não falei dos Millennials…

Melhor ser repetitivo ou cliché, do que ser omisso.

Por isso devo lembrar que todas essas regras, dicas e macetes são na maioria das vezes aplicáveis para essa galerinha que nasceu dos anos 90 para cá.

São eles que vão amar ver você no Youtube ou interagir 6 horas por dia com fotos e links de Instagram e outras redes sociais. Por isso tenha em mente eles quando pensar em construir sua estratégia de Brand Lovers.

Crie personas que estejam inseridas neste contexto, e que sejam fortemente engajadas com redes sociais.

E claro: lembre-se de colocar propósitos maiores por trás dos objetivos da empresa, pois os Millennials reparam bem isso.

Gerando Brand Lovers: Chega de ser uma marca careta!

Lembro que o status normal da maioria das marcas era ser isolada, com pouca interação com as pessoas. A publicidade era invasiva e nem sempre acertava qual era “a voz” do público e quais eram suas preferências.

Mas a internet mudou isso. E está na hora de você aprender como usar isso a seu favor.

Não seja uma empresa antiquada, com valores e mentalidade de uma era passada. Seja jovem e antenado.

Aprenda com a gente a ser uma empresa diferente, e nada careta.