fbpx
Pular para o conteúdo

Hacking Marketing, a área que só cresce todos os anos

O marketing deixou de ser um setor da empresa voltado ao “achismo” e que apenas gasta dinheiro com panfletos e eventos presenciais.

A inovação digital e muitas outras mudanças permitiram que o profissional de Marketing se tornasse mais importante, e ao mesmo tempo, mais científico em suas equipes, o que fez surgir o Growth Marketing.

O termo hacking marketing pode ser algo novo para você, mas ele explica algo que ainda tem muita gente que não sabe: essa área, o marketing, se mesclou totalmente com a de desenvolvimento de softwares e com a programação.

E claro, com suas metodologias e práticas, como os ciclos de feedback e brainstorms para o surgimento de boas ideias em grupos.

Não foi a toa que coloquei aquele título. Todas empresas estão migrando para o mundo digital, e com isso a área de marketing foi reformulada.

E com isso, o profissional do setor deve se atualizar e se reinventar.

Vamos então falar das principais mudanças nos últimos anos e como você pode se preparar para o que está por vir nessa próxima década.

Hacking Marketing e o poder de ser ágil

O que está por trás desse novo setor, que busca “atalhos” na parte de vendas e da experiência do usuário, é a agilidade dos processos e o gerenciamento dos mesmos.

As metodologias ágeis, que nasceram no desenvolvimento de softwares, encontraram um terreno fértil no marketing e na área de UX.

Suas divisões de tarefas e processos permitiram que as entregas que antes eram feitas em ciclos de meses e anos, ocorresse de maneira gradual, em sprints – que muitas vezes duram uma semana.

Ciclos mais velozes estão mais próximos da realidade, e conseguem se adaptar a mudanças repentinas, de maneira quase orgânica.

Mas entender isso a fundo, exige que você saiba um pouco sobre as metodologias ágeis, principalmente o Scrum.

O livro do Hacking marketing

 

How companies go digital?
They go gradually or suddenly

 

É com essa frase que o livro Hacking Marketing, de Scott Brinker, começa sua jornada profunda no tema.

E ficou evidente que isso é uma verdade no ano de 2020. Muita gente teve que correr para entrar no ritmo. Por mais que o livro seja de 2016, seu tema é super atual e reflete a verdade do que está por traz desse novo marketing e de sua arte em criar experimentações.

Hoje esse artigo foi dedicado na leitura desse e muitos outros livros, tanto de Growth Hacking quanto de administração de empresas enxutas (startups principalmente).

 

hacking marketing
O livro, vendido na Amazon

[Nota: livro ainda sem tradução no português]

A perspectiva de um desenvolvedor de software

Isso pode ser novidade para muitos, mas as metodologias ágeis e os backlogs que são feitos nas equipes de marketing, principalmente para projetos, nasceram no mundo dos softwares.

A adoção ocorreu pois aos poucos o profissional de marketing foi se tornando um desenvolvedor de sistemas, afinal, os sites e os programas que operam (ferramentas de CRM por exemplo) foram se tornando mais complexos e mais customizáveis.

O que resulta em uma necessidade de ser expert em várias ferramentas, e até mesmo a saber um pouco de programação. Aos poucos esse “hacker” do marketing cria amor (ódio também, quem sabe) a fenômenos como testes, hipóteses e resolução de problemas.

Mas a grande sacada é a interação com o usuário, que não fica isolado.

“The feedback loops”

Um conceito e tática bem comum ao Growth Hacking é o dos “loopings de feedback”, que são ciclos de experimentação.

Tudo que é feito nas sprints (ou mini entregas se preferir), são levados para um ciclo de experimentação, o que depois pode ir ou não para o ciclo de validação.

Explicando de maneira não técnica:

  1. Algo é colocado em teste ou prova no site, programa ou relacionamento com clientes.
  2. Se aprovado, são tomadas notas e observações para um novo teste, para validar os resultados.
  3. Se algo é negado, é reformulado a hipótese (não era o botão, era a frase…), e volta para o passo número 1

 

Mudanças incrementais

Com base no tópico anterior, é mais fácil explicar porque no Hacking marketing (e no growth hacking) as mudanças incrementais são a melhor alternativa para que um produto seja entregue.

Softwares são desenvolvidos assim nos dias de hoje, e o Marketing adaptou os ciclos de entrega dessa mesma forma.

Existe uma coisa chamada User History.

Por meio dessas hipóteses informais, do ponto de vista do usuário/cliente, é que são criados incrementos e pequenas adições ao produto.

Isso exige boa imaginação, mas exige interação com os usuários, que chegam até a serem entrevistados.

Essas adaptações, por serem recorrentes e até velozes, conseguem tornar o looping de feedbacks algo real e até mesmo prático. O que tem efeito direto sobre o sucesso ou fracasso do seu produto.

De qualquer forma, o profissional da área de Growth deve se familiarizar com o mundo da computação/T.I e dos “hacks” por outros motivos, que serão explorados a seguir.

O Growth Marketing e seu time com super poderes

A única maneira de se adaptar a esse mundo hostil de reviravoltas e ferramentas com novas atualizações, é sendo capaz de praticar e entender muitas atividades, até mesmo as que não são de sua área.

Em uma área de crescimento (growth), cabe aos seus membros em continuar aprimorando suas habilidade analíticas, e ao mesmo tempo as criativas.

Já vou explicar por quê.

Já ouviu falar no profissional T-shaped?

O modelo T-shaped é um conceito de nossa área que mostra que você deve ter conhecimento variado em diversas áreas, mas se aprofundando em uma ou duas delas.

Isso é: supondo que você é um designer gráfico, e tenha conhecimento profundo na criação de artes e comunicação visual. Sua base vertical é sua área, e conhecimentos técnicos que envolvem ela (pacote adobe, p. ex.)

Em algum momento, em uma sprint por exemplo, não haverá nenhuma utilidade sua área principal, e você deverá mostrar um pouco de seus talentos nas áreas paralelas, da linha horizontal do seu T, ou do T aconselhado por sua equipe.

Sem essa capacidade de transição entre as linhas paralelas, você não se mostrará útil em equipes pequenas. E eu diria que nas grandes também!

Os dias de “não sou pago para isso” morreram meu amigo, aceite que dói menos.

Exemplo de “T” na área de hacking marketing

Impossibilidade de escapar do mundo das ferramentas [softwares]

Sei que não é uma novidade isso, mas não tem mais como a área de marketing se desvincular de aplicativos e ferramentas em geral.

O nome “hacking” implica na necessidade de você aprender sempre sobre novas ferramentas, e de buscar a maestria.

Integrar 5 ou 6 softwares de marketing ao mesmo tempo exige conhecimento técnico e treinamento. Você se tornará um autodidata, pois não é um conhecimento acadêmico para essa realização.

Na realidade é uma área que, assim como um profissional de análise de dados (B.I), vai demandar conhecimento de áreas diversas; misturando engenharia à relacionamento com clientes.

“Em algum momento você percebe que o analista de marketing diariamente opera com
websites (software), analytics (software), social media (software), automação (software),
e se da conta que ele está mais atuante na área de programação e Hacking do que qualquer outra coisa”
– Scott Brinker

 

E que a verdade seja dita: isso não é uma verdade apenas para a área de marketing. Quem não souber um pouco dessas ferramentas e programas, ficará para trás no mundo pós pandemia.

O profissional de Marketing, sendo visto como um maestro

O objetivo de toda essa evolução e adaptação do profissional de marketing, é torná-lo um verdadeiro maestro.

Como o tempo e os recursos são inferiores a demanda e a o que deve ser entregue, cabe a quem se especializa ao hacking marketing em entender sobre orquestramento de ferramentas.

Isso envolve automação e análise.

Supondo que você tenha que gerenciar múltiplas redes sociais e portais, de vários clientes. A maneira mais profissional de fazer isso é usando em alguns touchpoints algum tipo de automação.

Com elas, você consegue obter dados, como abertura de e-mails e cliques de suas campanhas de newsletter.

[infelizmente muita gente vai abrir e não vai interagir, só avisando].

 

E a grande sacada é orquestrar da maneira harmoniosa as ferramentas e seus diversos desencadeamentos.

E não tem como fazer isso sem estudar a fundo as plataformas e seus softwares. E a maestria será resultado do uso prático, ou seja, da experiência e de testes.

E agora, sobre o tema de hoje, a pergunta final:

A área de marketing seria a verdadeira criadora de soluções?

Uma contestação que o livro faz é essa.

Quem assumiu o trabalho de criador de ideias e de soluções no mundo de hoje, é esse profissional de marketing com “um pézinho” no mundo dos softwares.

Afinal, quem cria a ponte entre usuário final e os desenvolvedores de qualquer programa e produto hoje, somos nós, que trabalhamos com marketing e suas áreas correlatas.

Isso traz a possibilidade de que o profissional de marketing é o verdadeiro “identificador” das dores dos clientes, e o melhor atuante na hora de propor novos produtos, ou até mesmo para pivotar empresas e ideais.

Para aprender mais sobre automação de marketing e Hackings, conheça a Queen Jay.

 

Marcações: