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E quem não quer fazer faculdade? Pesquisa sobre faculdades e o impacto na carreira

Hoje estamos trazendo uma pesquisa feita online, abordando diversas pessoas sobre as faculdades e sua efetividade no mercado.

Queríamos identificar a opinião de algumas pessoas que se formaram na faculdade, e que pudessem trazer seu ponto de vista sobre o uso (ou não) do diploma na vida profissional.

O intuito era trazer à tona se o grupo de pessoas que aprovam a obtenção de diploma nos dias de hoje seriam minoria ou maioria na pesquisa.

A pesquisa coletou pessoas em grupos de T.I, grupos de trabalho, redes de profissionais autônomos e também profissionais ligados a Growth Lovers.

Foram idealizadas essas 4 perguntas, junto a um possível espaço livre, para comentários do entrevistado:

1)Em que área você atua?

2)Seu diploma ajudou de alguma maneira a conseguir o trabalho?

3)É necessário ter faculdade para atuar hoje em sua área?

4)O que realmente é necessário para atuar nessa área e as pessoas não sabem?

No total 14 pessoas responderam, e dividimos as respostas entre anônimos, pessoas sem ligação ao GL, e nossos mentores e especialistas de Marketing.

Nota: A ideia da pesquisa é falar sobre áreas de tecnologia, ADM e marketing, e não de cursos clássicos como Direito ou Medicina. Todos aqueles que foram citados na parte de mentores, que são de nossa equipe, são encontrados aqui.

Agora sim, vamos à pesquisa:

Entrevistando pessoas de diversas áreas e momentos de vida

Felipe Silva Pereira, profissional de T.I, foi o primeiro a responder essa pesquisa. Por isso deixarei ainda o modelo das perguntas para facilitar sua visualização das respostas:

  1. Em que área você atua? – T.I
  2. Seu diploma ajudou de alguma maneira a conseguir o trabalho? – Sim
  3. É necessário ter faculdade para atuar hoje em sua área? – “Não diria que é necessário, mas uma faculdade boa ajuda bastante”.
  4. O que realmente é necessário para atuar nessa área e as pessoas não sabem? – Estudar, mesmo que seja por conta própria.

Comentários: Segundo ele, “estudar é mega necessário principalmente pra crescer no mercado, independente de aonde, o mercado se atualiza muito rápido e quem não acompanhar ficará para trás”.

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Agora mostrarei outros entrevistados, agora sem o modelo das 4 perguntas, para deixar mais fluído o a pesquisa.

O João Marco, que atua com Design e Inovação, que também é Youtuber, disse que sem a faculdade “ele não teria mente aberta e não seria questionador como ele é”.

Para atuar com inovação ele apontou que é necessário ser empreendedor e criativo, e isso uma universidade não pode nos dar. Todos possuem potencial em ser pessoas criativas, basta estimular isso da maneira certa.

Comentários: Design e inovação é sobre futuros que a gente desconhece, tudo pode acontecer. É importante manter os preconceitos e julgamentos conscientes para se desconstruir diariamente.

“Se divirta em sua área de atuação. Seu trabalho pode não ser o trabalho dos seus sonhos por enquanto, mas é o que você consegue fazer hoje. Então faça ser bom pra você.”

Ps: Vejam os vídeos do João, são muito bons!

 

Rafael Soares contribuiu de maneira única, ao ser o único com a mesma profissão aqui do redator: ele é produtor de conteúdo e copywriter.

Para ele, a faculdade contribui ao abrir a mente da pessoa para começar a desenvolver seu primeiro trabalho e possível paixão.

Sua grande dica foi: “O mais bacana que um diploma pode te dar é a liberdade para falar do assunto”. Afinal, mesmo que ele não exerça trabalhos na sua área de formação (sistemas para internet), ele acaba escrevendo artigos sobre o assunto para seus clientes.

Diploma ainda é uma boa forma “de se mostrar como autoridade em um assunto”.

Aaron Ben Saffer atua com representação de fundos de investimento no exterior, e explicou que seu diploma universitário não ajudou para atuar em sua área, mas o de MBA ajudou bastante.

Depois afirmou que para atuar em sua área não precisa de nenhum diploma/faculdade. Conhecimentos práticos eram mais bem vistos, ou experiência na área.

Hoje as instituições enxergam a universidade como algo “muito básico”, que acabam contando são as extensões e conhecimentos extracurriculares.

Comentários: Estude e não pare de estudar, seja uma especialização ou um curso de língua estrangeira, todo adicional é importante e fara diferença no momento de uma busca por oportunidades. E não da para não ter menos de 2 idiomas no currículo.

“Estude e se capacite nem que seja para mostrar para a empresa na qual se busca uma oportunidade que você não é alguém que fica satisfeito com o mínimo e essencial.”

Com esse Gif encerramos a parte dos profissionais de diversas áreas, de grupos não vinculados ao GL

Opinião de alguns mentores e profissionais de growth hacking

Matheus Bonetti foi o primeiro de nossos mentores a participar hoje. Abaixo, suas respostas com as perguntas feitas para todos que participaram:

  1. Em que área você atua? – Growth Hacking, voltado para B2C
  2. Seu diploma ajudou de alguma maneira a conseguir o trabalho?
    “Sou formado em Administração de Empresas pela FIAP. A minha faculdade é reconhecida por ser voltada mais a negócios, tecnologia e inovação, então tive projetos e criação de startup durante o curso. Hoje vejo que foi importante essa inserção inicial, mas ainda naquele momento tudo que aprendi foi na base do Google e na prática.”
  3. É necessário ter faculdade para atuar hoje em sua área? – Não, e cursos específicos (online ou não) são necessários para você ir além nessa área que atuo
  4. O que realmente é necessário para atuar nessa área e as pessoas não sabem?Resiliência e um ótimo relacionamento com os stackholders internos.

Comentários: É importante garantir que o BBF (básico bem feito) seja estabelecido para avançar os próximos passos em qualquer coisa que se proponha a fazer 😎.

Ps: Matheus participou também dessa matéria sobre recolocação profissional.

 

Iruam Cardoso participou pela primeira vez em nossos artigos, e hoje trouxe um pouco de sua experiência com a questão “faculdades e sua efetividade no mercado”.

Ele atua com consultoria de Marketing Digital e também na área pública. E ele explicou que em sua área de atuação, não é nada necessário ter um diploma ou faculdade.

Segundo Iruam, “os cursos livres preparam os profissionais de uma forma melhor”, e são também mais baratos. As graduações de sua área acabam fugindo um pouco da proposta do mundo real, e não conseguem se atualizar de acordo com a velocidade do mundo.

Comentários sobre o tema de hoje: “Tenho certeza que estamos vivendo uma revolução digital e todos estão migrando para o online, independente qual seus planos profissionais, faça o possível para conecta-los com esse novo mundo.”

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André Wendler é um profissional da área de marketing, com mais de 6 anos de experiência, e atuou em empresas que citamos bastante aqui, como a Resultados Digitais.

Ele me contou em um bate papo que sem um diploma/matricula em uma universidade, não teria conseguido seu estágio na RD. Mas comentou “totalmente desnecessário fazer faculdade de marketing hoje para atuar na área”.

O que as pessoas deveriam saber: Profissional de marketing nem sempre é questão de ser comunicativo, e sim ser curioso. Hoje marketing tem que ser associado a números, e descobrir onde os problemas estão. Quem encontra a raiz do problema é esse novo profissional, que cada vez mais é necessário para empresas digitais.

O perfil da vez é o analítico + curioso. E o lugar onde você aprende a ser assim, é no trabalho e na prática, e não com a teoria.

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Para Robert Sena, que fez administração de empresas, o curso ajudou muito pois marketing digital ainda era algo novo na época.

Ele atua com Referral e canais de aquisição, e claro, SEO. Mas explica que essas coisas são muito recentes para as universidades, que não conseguiram incluir ainda em suas disciplinas.

Segundo ele, os maiores profissionais da área de growth (que envolve o perfil analítico),é o pessoal de exatas – o que acaba envolvendo algum tipo de diploma. Skill de análise é muito importante em nosso mercado, e às vezes escassa.

As coisas tendem a parar de funcionar, então o que é bom hoje, amanhã se torna obsoleto. E se acostume com isso, pois já é uma realidade

Seu último comentário: “Estude sempre e largue um pouco o celular, coisa que o brasileiro não faz.”

Outras participações e “anônimos”

Como muita gente não gosta de dar as caras em entrevistas, deixamos um espaço para essas pessoas, que preferiram não divulgar seus nomes, ou que contribuíram apenas com insights.

  • Um profissional que se formou em Design Gráfico, explicou que não faz mais sentido querer fazer faculdade nessa área, sendo que com um ano de cursos livres você teria domínio de ao menos 1 ferramenta extremamente requisitada da área;
  • Um profissional de T.I que entrevistei, afirmou que sem o diploma é muito difícil de entrar em empresas de renome, e explicou que em sua área fazer cursos rápidos e focados – durante ou após a formação – é uma obrigação;
  • Uma profissional de Social Media e Design, explicou que o diploma se torna essencial para conseguir entrar no mercado, e que tinha muita dificuldade de conseguir antes de ter um. Mas confessa: aprendeu tudo em sua área sem a necessidade da universidade.
    E deu a dica: Sem portfólio, profissionais de sua área não conseguem emprego. “Faça o seu!”
  • Um profissional da área veterinária explicou que, para sua área, não haveria como ignorar os anos de faculdade. Mas ele entendeu que a proposta de ficar “4 anos em teorias”, para quem trabalha com tecnologia em geral, poderia ser irrelevante.

Além disso tudo, outros dois profissionais da área de tecnologia esboçaram uma maior preocupação com o que vem depois da faculdade, e afirmaram que “infelizmente, o que conta para valer você aprende fora da universidade”.

Mão na massa e experiências são o currículo do futuro!

Resultados da pesquisa

A pesquisa não foi feita em mecanismos de Forms propositalmente, para eu poder ter conversado com os participantes.

Todos (na realidade 85% deles) apontaram que estudar e continuar a se aprimorar na área é essencial. Alguns até esboçaram que deixar de se atualizar é um risco, que pode custar seu emprego ou carreira.

A maioria deixou explícito que sem um diploma, ainda mais de instituições de renome, a entrada nas empresas grandes se torna algo muito desafiador.

Isso não seria uma realidade caso a pessoa tivesse alguma experiência para mostrar. Mas é aquele famoso debate:

Fatos curiosos:

  • 57% afirmaram que “o que você precisa saber na área você não aprende na faculdade”
  • 64% falaram da importância de continuar estudando mesmo após se formar, e de fazer cursos
  • 28% afirmaram que faculdade hoje pode ser irrelevante para suas áreas, mas desses, metade reconhece que facilita para abrir portas para o primeiro emprego
  • 12% desencorajou a entrada em cursos/especializações não relacionados a cálculo, programação e fatores relacionados a tecnologia, por “risco de se tornar obsoleto em um futuro próximo”

Conclusão P1

Como essa foi uma pesquisa qualitativa, não foi gerado dados suficientes para firmar uma “opinião das massas” por parte de profissionais da área de tecnologia e marketing em geral.

O que ficou evidente é que em poucos comentários, a universidade se mostrou como algo dispensável. Ampla maioria apontou que sem ela, você pode ter dificuldades de entrar no mercado de trabalho.

Contudo, parece que a noção que o conhecimento obtido nas universidades é insuficiente ou fraco para o mercado de trabalho, vem se ampliando no “senso comum” das pessoas entre 20 e 34 anos, que foi a faixa etária dos entrevistados.

Momento de “parcialidade”

A única coisa que eu comentaria, caso estivesse respondendo o questionário, é que as faculdades de humanas em geral, perderam um pouco o sentido com a chegada da tão falada “era da informação”, pois assuntos como economia, gestão e marketing, você aprende melhor com cursos livres, estudo autodidata e com ações práticas – como empreender.

Quem abordou bem esse assunto foi o Raiam Santos, nesse vídeo, ao falar de nomes sexys de cursos. [O vídeo é forte, segura o estômago]

Será que é tendência mais pessoas pensarem assim? Foi identificado esses aspectos na fala de ao menos 4 dos entrevistados.

Que fique a reflexão…

Conclusão P2

Antes de terminar esse post, gostaria de dar apenas a opinião do editor sobre um assunto: a obrigatoriedade de estar matriculado para fazer estágios.

Isso foi algo comentado apenas por 2 das pessoas que responderam a pesquisa da GL, mas foi algo que eu enfrentei no meu último ano na faculdade.

Como eu tinha menos de 1 ano de curso, as empresas não permitiam que eu começasse a fazer estágios. Isso atrapalhava muito, e minha experiência no currículo infelizmente era péssima (eu tinha 8 meses de estágio); o que me fez ficar em um limbo para poder ser contratado – pouco Cacife para um CLT e muita bagagem para um estágio.

Acredito que deveriam ter meios mais inclusivos, como o jovem aprendiz, para as pessoas entrarem no mercado. Isso tanto para pessoas com ou sem faculdade.

Os que possuem experiência escapam desse problema, os que não possuem, acabam dependendo de sorte e de outros fatores.

Uma triste realidade brasileira, que deveria ser repensada – principalmente com mais formados do que postos de trabalho.

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Escrito por Di Rezi

Escritor e redator chefe na Growthlovers. Te ensinando a usar a internet para aprender e mostrando Hacks para sua vida.