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Modelo de Negócio: 6 dicas de como fazer um canvas ideal para sua empresa

modelo de negócio

Um modelo de negócio é um framework bem conhecido por empreendedores e aspirantes a empresários que estudam esse tema no século XXI.

Muito disseminado pelo Sebrae no Brasil, o Business model canvas sempre se manteve como um modelo moderno e prático, ao dar ênfase na proposta de valor de uma empresa, e em atributos diversos como relacionamento com clientes e parcerias.

Já teve que fazer um desses “quadros” em sua vida? Você sabe como fazer um?

Ao longo do texto será discutido sobre quando você deve utilizar e como o modelo de negócio pode ser adaptado para uma realidade mais digital – ou ao menos aos novos desafios e oportunidades do pós covid (2020 em diante).

Portanto, hoje você vai ler:

  • Para que serve um Modelo de Negócio;
  • Entender como fazer o Canvas;
  • Ler sobre algumas tendências do pós Covid;
  • Dicas para não vacilar na hora de montar o seu Canvas;
  • Como cocriar o produto junto do cliente
modelo de negócio
Are u Ready?

Para que serve o Modelo de Negócio?

Um modelo de negócio “canvas” serve para descrever os elementos de uma nova empresa ou negócio, tornando as estratégias e propostas em formas bem visuais para o idealizador e seu time, que estão formando uma empresa aos poucos.

Como o modelo é feito em um quadro (canvas é um termo da pintura artística) com blocos organizados, ele ajuda na reflexão e na prática de brainstorms que você, como empreendedor, terá que fazer algumas vezes durante o crescimento da empresa.

A empresa vai, aos poucos, começar a fazer atividades práticas no mercado– como criação de um MVP e coisas do tipo – e tudo isso pode estar mapeado no seu modelo de negócio!

Por que eu faria um modelo de negócio em minha empresa?

Você pode optar por jamais fazer um modelo.

Mas quando você possui uma ideia diferente, uma ideia que julgue ser disruptiva – provavelmente o que daria em uma startup do futuro – a falta de um modelo de negócios pode atrapalhar na construção do seu negócio.

E acredite, os investidores e pessoas do ramo vão achar estranho você não ter um pitch + um modelo de negócio pronto para ser apresentado e falado a respeito.

Então ter ao menos feito um modelo desses sobre sua empresa, pode facilitar na hora de organizar ideias, passar elas adiante para interessados e financiadores, e claro, notar brechas no seu negócio.

Portanto, aqui vai uma breve lista de quem pode se interessar por construir um Business Model Canvas em sua empresa:

  • Empreendedores (óbvio);
  • Aspirantes a startupeiros;
  • Possui ideias que ainda estão no papel e que precisam amadurecer;
  • Organizar projetos, ou seja, não somente a construção de uma empresa ou marca em questão (calma que falaremos disso);
  • Negócios que precisam mudar conceitos ou que estão em fase de restruturação.

Mais adiante, daremos algumas dicas, mas antes…

Como fazer um modelo de negócio “canvas” do seu negócio?

O modelo de negócio foi criado originalmente em meados dos anos 2000. Isso implica que muita coisa pode ter mudado, principalmente quando pensamos em negócios e soluções digitais.

Não que o modelo não leve em consideração isso, mas acho válido tocar no assunto pois é muito estranho ler sobre canais de distribuição e stakeholders, para quem quer apenas abrir uma lojinha virtual.

Dessa forma, estar online ganhou muito peso no últimos tempos, e isso altera a forma que seu modelo de negócio pode ser feito e pensado.

Por isso ao longo das dicas de hoje, de como fazer um canvas, daremos focos ao mundo online e virtual.

Daremos dicas sobre possíveis adaptações para quem for um pequeno empresário, sem muita gente na equipe (ainda).

A seguir, um vídeo para abrir sua mente sobre o que é um Modelo de Negócio na prática:

Entendendo o Modelo de Negócio Canvas (Business Model Canvas)

Facilitando o entendimento para você leitor, podemos dizer que o Canvas consiste de 4 áreas principais, com suas respectivas atribuições e objetivos.

São estes a seguir:

  • O que – aqui entra a proposta de valor do produto, onde muitos empresários preferem começar no preenchimento do modelo de negócio. Nessa parte você descreve qual o valor percebido por ser produto (lembre-se, pessoas compram sensações e resultados. Qual solução na vida da pessoa você vende?).
  • Para quem ? – Qual o perfil do usuário? Aqui você terá que ter noção de quem compraria sua solução, e quem supostamente iria ficar contente com a existência do seu produto.
  • Como? – Quais os recursos e atividades que você vai disponibilizar no mercado. Defina quais serão seus parceiros-chave nessa trajetória, e quais serão essências na hora de fazer o produto/serviço ser consumido.
  • Quanto? – estrutura de custos e ganhos, feitos de uma maneira que você possa destrinchar de onde vem o dinheiro e para onde vai parte dele.

Ficou mais claro? Creio que com o vídeo e com essas divisões, você já está mais familiarizado com o assunto. Mas antes, veja o seguinte ponto:

Boas práticas e dicas de como fazer o Canvas (modelo de negócio)

1. Ideias são bem vindas

Traga as ideias para o quadro, usando os post-its. Jamais escreva diretamente em seu Canvas, a não ser que seja digital (sim, isso existe).

Ideia boa ou ruim, coloque elas e depois discuta com o time o que poderá ser usado de fato.

2. Onde começar?

O ideal é começar no centro, que é a proposta de valor. Você pode também começar pelo segmento de clientes, o lado direito, mas evite começar pela parte de ganhos e despesas. Essa vem por último!

3. Dois não é bom, mas 3 nunca é demais!

Você até pode fazer seu modelo de negócios sozinho, mas o ideal é estar com outras pessoas, que já conhecem seu projeto: sócio, irmão ou colaboradores da empresa, se já tiver.

4. Estudar o modelo

Tudo fará mais sentido se você estudar e ler sobre o tema.

Lá na Queen Jay, abordamos tudo sobre o assunto do mundo do empreendedorismo e das empresas enxutas.

E existem muitos outros frameworks que você vai ver nessa EdTech. Topa conhecer?

boas práticas modelo de negócio

Modelo de negócio: nossas dicas do que deve e do que não deve ser feito nos dias de hoje

Sim, meu caro leitor, como sempre queremos trazer informações únicas e que não são vistas em outros portais, vamos abordar esse assunto.

Afinal, o que você precisa saber para ter um bom modelo de negócio em sua futura empresa?

Fique com as dicas e macetes do mundo do empreendedorismo, nesses 6 pontos:

1# Canais alternativos

Um ponto que acho muito interessante começar nossa seção de dicas e hacks, e falar sobre uma coisa que muitas pessoas acabam entendo errado: o quadrante de canais de distribuição.

Ao pegar um livro ou artigo sobre o tema, acabamos lendo sobre os diversos intermediários que fazem parte da distribuição dos nossos produtos ou serviços.

Porém uma tendência em certos tipos de negócio é o corte desses intermediários. Pode ser que seu canal de descoberta e compra seja a internet, um site, e não mais pessoas e “empresas”.

A distribuição tem a ver como você é descoberto, e não somente sobre como fazem a distribuição do produto ou serviço (e muitas vezes nem mesmo existe essa etapa de fato).

Por isso nesse quadrante e no de parcerias estratégias vamos ver coisas como: afiliados, sites parceiros, seu próprio blog e redes sociais.

👉Recomendamos ler mais sobre marketing digital para entender melhor sobre o assunto.

2# Relacionamento para durar

O relacionamento deve ser pensado para ser algo que dure e que seja recorrente.

Não é à toa que hoje as empresas possuem profissionais voltados somente para o marketing de relacionamento, que é feito com clientes, parceiros e outros stakeholders (que tomam decisões e interagem com seu negócio).

Portanto pense sim em adotar táticas de longo prazo, e esteja aberto a experimentação – pois acredite, quando se trata de relacionamento, muito deverá ser experimentado, antes de você encontrar sua estratégia(s) ideal.

Falamos sobre como criar seus Brand Lovers nesse dia.

3# Clientes não notados anteriormente

O lance de preencher e de fazer um modelo de negócio envolve sempre revisitá-lo para fazer alguma mudança, ou adaptação.

Portanto deixe espaço para clientes que vão aparecer depois em sua estratégia. Pois é muito provável que apareça um perfil não notado.

Isso é, quando você e seu time fundador criou o modelo de negócio da sua empresa, vocês pensaram em 3 clientes em potencial.

Com alguns meses, você percebe que um dos perfis “não bateu com a realidade”, e que na verdade o terceiro perfil era um outro.

O quanto antes perceber isso, faça a devidas mudanças em seu modelo de negócio. Quando um quadro maior muda, os menores sofrem algum tipo de alteração. Não é uma regra absoluta, mas adaptações pequenas são bem vindas.

Nota: tal comportamento de descoberta ocorre também na fonte de receitas, o que vai exigir configurar novos pontos em outras áreas, afinal, com novas fontes de receitas, surgem novos parceiros, canais de relacionamento e também de custos (não todos obrigatoriamente).

4# A dica da estrutura de custos nos modelos de negócios

Uma vez, em uma aula da matéria de projetos, aprendi essa lição.

Quando criamos um canvas, na parte de custos, devemos criar um item referente a novas ferramentas ou atribuições.

Isso equivale a separar, por exemplo, 50 mil reais para a contratação de consultorias e softwares (então você calcula o valor anual).

Ao seguir essa dica, se um dia você estiver por trás de um projeto, lançamento ou o que for, não será necessário validar ou ir atrás de autorização de algo pequeno, pois sua estrutura de custos já contava com esse tipo de gasto (ou de investimento, dependendo do ponto de vista).

5# Atividades despercebidas, mas valiosas

No quadrante das atividades essenciais, coloque também atividades secundarias que podem vir a ajudar seu negócio.

Você terá que pensar “lá na frente”, e idealizar coisas como vídeos no Youtube, atividades relacionadas a terceiros e formas criativas de expandir a notoriedade de sua empresa/marca.

Para ver um canvas sendo feito na prática, veja esse vídeo:

Nota: deixei dois vídeos pois cada um tem uma abordagem diferente, o que acaba agregando muito para você entender melhor sobre o assunto.

6# Outros tipos de Canvas

Após ter uma operação em andamento, você vai precisar conhecer outros Frameworks, que são instrumentalizações de metodologias.

Elas facilitam a construção de novas ideias, e permitem uma melhor organização dos diversos setores que integram o marketing e vendas, em geral. Basta ter acesso a essas metodologias, para melhorar o “bater metas” de um time; e de bônus, a organização dos processos também melhora.

No mundo do growth hacking existem vários modelos para aplicar em sua nova empresa (que nem precisa ser tão nova assim). Vale a pena conferir explorando nosso blog!

O Desenvolvimento com o cliente

Agora outro segredinho que devo te contar.

A implementação de um modelo de negócios, como você já sabe, acontece fora da empresa. E um dos principais autores nesse processo é o próprio cliente.

O conceito de Desenvolvimento com o Cliente surgiu com Steven Gary Blank, que constatou em seus estudos que a maior falha das empresas, principalmente as startups, não era o produto, mas sim o “No” Market Fit (falado nesse dia).

Então uma das melhores maneiras de evitar esse fracasso, era levando seu protótipo, e validando ele junto ao seu público em potencial.

Primeiro, isso ocorre com os clientes em potencial, que vamos testar nossas hipóteses de produto – juntamente com muita coisa do nosso canvas. Nessa parte é que você colhe feedbacks e também que quebra a cara um pouco.

(Mas acredite, essa é a melhor hora para isso acontecer).

Em seguida, será hora de testar com um público maior, já com algumas reformulações em seu modelo (feito na etapa anterior).

Desenvolvimento com o cliente na prática

As etapas desse processo funcionam dessa forma:

  1. Descoberta – Pesquisa para entender o que eles, lá fora, buscam de fato. Você até fala sobre seu produto, mas ainda de maneira abstrata.
  2. Validação – Hora de ir atrás do seu Market Fit. Vendas em pequena escala, e coleta de feedbacks e de opiniões das pessoas, mesmo que não sejam clientes, mas que entendam minimamente sobre o assunto. Aqui a mentalidade Lean Startup entra em ação.
  3. Geração (“criar com eles”) – Aqui a aposta aumenta, e você começa a gerar um valor maior em seu produto ou serviço, já com varias constatações das etapas anteriores.
  4. Estruturação – Depois de validar e de criar junto ao cliente, você já possui confiança e muitas provas de que o produto terá sucesso. Ao chegar aqui, seu risco de cair será bem menor.

Portanto, a sua implementação consiste na validação de diversas hipóteses, junto ao público e ao mercado.

Você deve fazer isso antes de criar sua empresa de fato, e antes que a pivotagem seja extremamente cara e desencorajadora.

Conclusão

Espero que esse artigo de hoje tenha te inspirado para começar a validar sua possível empresa ou ideia, e que você possa mostrar esse seu projeto para outras pessoas.

Sua ideia será mais facilmente comprada a partir do momento que houver uma proposta de valor, um cliente ideal em vista, e uma noção clara de gastos e de lucro.

Por isso quem idealiza um novo negócio deve saber como fazer o modelo de negócio bem bonitinho, e mostrar aos investidores como o projeto funciona ao vivo.

 

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Escrito por Di Rezi

Escritor e redator chefe na Growthlovers. Te ensinando a usar a internet para aprender e mostrando Hacks para sua vida.