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Nubank e o investimento de Warren Buffett: lições e aprendizados que tem a ver com você, “reles mortal” do mercado

O Nubank, fintech brasileira que conquista os corações de 45 mil novos clientes por dia, completou  mais um marco histórico no mundo mitológico das startups.

Eles acabaram de passar por uma nova rodada de investimentos (série G na sopa de letrinhas do mercado financeiro) que resultou em um investimento de 1,15 bilhões de dólares que serão usados
para a expansão internacional do banco.

E com isso, a roxinha brasileira tem agora como sócio, ninguém mais, ninguém menos que
Warren Buffett, depois que sua empresa de investimentos Berkshire Hathaway comprou uma participação de 500 milhões de dólares no banco digital.

Todos esses investimentos tornaram essa a maior rodada de investimento já realizada por
uma empresa de tecnologia privada na América Latina.

Além de Warren Buffett, outros investidores internacionais fizeram parte da rodada.

Mas você deve estar se perguntando: o que Warren Buffett investindo no Nubank tem a ver
comigo?

Bom, é isso que vamos falar neste post.

Cenário brasileiro de startups

O universo de startups no Brasil deu um salto quântico.

No momento que temos Warren Buffett, o 6º bilionário mais rico do mundo, com uma fortuna estimada atualmente em 109,2 bilhões de dólares, não só olhando para nosso mercado, mas confiando seus investimentos nele, o jogo muda.

Essa mudança demonstra que startups brasileiras podem chegar – e estão chegando – nos
patamares internacionais.

Isso abre espaço para outras empresas procurarem investidores estrangeiros e entrarem na casa dos milhões e bilhões de dólares de investimento.

Há duas características do Nubank que podemos enfatizar que ajudaram a startup a se destacar no mercado nacional e internacional:

Diversidade e inovação na gestão

Para além do politicamente correto, diversidade quer dizer impactos significativos em inovação, sustentabilidade do negócio e, no final das contas, resultados financeiros.

Entre os três fundadores do Nubank está Cristina Junqueira, uma executiva com currículo
invejável: mulher, empreendedora e mãe (chegou a fazer uma capa de revista poucos dias
antes do nascimento da sua filha).

Ter uma mulher como a Cristina na alta gestão da empresa mostra a importância da diversidade nos resultados de uma companhia, desde o alinhamento de propósito, passando por estratégia de go to market, gestão de inovação e relacionamento com os diferentes stakeholders.

Em questões publicitárias, a Nubank foi uma das primeiras empresas a trazer diversidade e inovação em suas propagandas e na abordagem com o público.

Para quem tem olhar publicitário, vai lembrar que foram eles um dos pioneiros [por volta de 2016, chuto aqui] comerciais mais coloridos e “jovens”.

Mudanças nas relações de trabalho e no perfil de profissional

Mudanças nas relações de trabalho e no perfil de profissional que são mais atraentes para
essas novas companhias.

Em empresas como o Nubank, não há mais espaço para um profissional que chega todo dia ao escritório, faz o mínimo e vai para casa.

O profissional precisa ser empreendedor. Precisa ter a capacidade de analisar o ambiente de negócios, entender onde a empresa quer chegar, identificar oportunidades e ameaças que possam impactar a operação e ter a habilidade para levantar os recursos para fazer as coisas acontecerem.

Em mercados disruptivos, em que tudo muda cada vez mais rápido, é esperado que os
profissionais colaboradores tenham essa capacidade.

Abaixo, o vídeo que publiquei lá no Youtube sobre o tema:

 

“Ser empreendedor não é mais uma opção”

Como falado no vídeo, as relações de trabalho mudaram muito nos últimos tempos.

O profissional de hoje deve fazer parte de um time e colaborar não somente com o trabalho operacional, mas com um olhar mais crítico, dando sugestões e antecipando possibilidades, e claro, crises no negócio.

Hoje até mesmo um funcionário de carteira registrada, deve se empenhar em se manter relevante, e de atingir os resultados estratégicos da empresa. Ele não pode mais ficar na zona de conforto.

E a Nubank foi uma empresa que soube mostrar isso, e chegou onde está.

Se quiser entender mais sobre o assunto do empreendedorismo nesse novo cenário, fica aqui a sugestão de leitura.

Entendendo o ambiente de negócios

Se você começou a ler o post sem ter ideia de como a compra das ações do Nubank pelo Warren Buffett poderiam interferir nos seus negócios, te falta percepção do macro ambiente de negócios.

Todo empreendedor precisa ter uma visão do ambiente de negócios como um todo, para que consiga entender as mudanças do mercado e fazer uma previsão de possíveis caminhos que o mercado pode direcionar nos próximos anos.

É assim que conseguimos perceber oportunidades que a maioria das pessoas não veem. Temos que treinar esse olhar para as tendências no mercado e encontrar necessidades e mudanças que a sociedade precisa.

O Nubank percebeu isso.

Os fundadores se deram conta de que muitos brasileiros tinham problemas e endividamentos com as altas taxas e juros dos grandes brancos, além de um atendimento complicado e burocrático.

Eles foram disruptivos, joviais e apostaram alto lá atrás (apareceram em 2013).

Então, criaram um banco totalmente digital, sem taxas e nada nas entrelinhas. Além de oferecer um atendimento humanizado, em que você consegue resolver todos os problemas pelo aplicativo, sem necessidade de comparecer a uma agência ou caixa eletrônico para alterar limites ou liberar acessos.

E hoje é um dos maiores bancos do Brasil, tirando clientes dos grandes bancos que estão há décadas no mercado (sou um deles), e preparando os primeiros passos para a internacionalização.

 

Juliana Guimarães

Post escrito por Juliana Guimarães, da 55 lab