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O Dilema “daquele pequeno vício” nas redes sociais

Quando você observa um fumante perto de você, institivamente, você sabe que aquilo se trata de um vício e um hábito ruim. Afinal , desde que somos pequenos. algumas coisas são apontadas como ruins para nós.

Agora, quando você está em um restaurante, olha em sua volta, e percebe que todos estão usando o celular. O que passa por sua cabeça?

Quando você sai a noite, e percebe que as pessoas em suas mesas do barzinho, ao invés de conversarem, estão vidradas no celular. Seria isso um novo tipo de vício, que não é falado pelos pais?

Você chega até a pensar  que tem algo errado acontecendo com todo mundo.

Mas se você não acha nada estranho; se você nunca tem esses momentos de “despertar tecnológico”, eu tenho uma notícia ruim para você: Talvez você é parte do pessoal vidrado nas redes sociais, deslizando o dedo…

Dilema de “quem aproveita melhor a vida”

Antes eu achava que era exagero de pais e mães, quando diziam que a gente tinha que sair do vídeo game e aproveitar o dia lá fora.

Hoje, quando vejo uma situação como aquela descrita acima, percebo que fazia total sentido essa preocupação. Existe um equilíbrio, e é fácil quebrá-lo. É comum se deixar levar pelos celulares e suas cores, e ainda não temos consequência dos males desse nosso novo hábito (o mundo ganhou essa característica social entre 2011 e 2012).

Meu objetivo é falar do uso consciente das redes e também da publicidade ética, sem criar mentiras e esconder informações.

Transparência do editor

Nosso artigo de hoje foi sim inspirado no documentário “O Dilema das Redes”.

Tivemos um insight que era necessário nos posicionarmos com um tema assim, já que trabalhamos com marketing digital, remarketing e outras coisas que podem ser consideradas “hipnóticas” e aliciadoras de subconscientes.

Muita gente vive disso, e está tudo bem!

Estamos sempre falando aqui na Growth Lovers de como conseguir mais clientes, fazer dinheiro nas redes sociais, como fazer tráfego pago, e coisas do tipo. Mas hoje daremos espaço para uma análise crítica sobre a área como um todo.

Mas deixando um pouco o lado dos tutoriais, das dicas e das entrevistas que fazemos, hoje temos uma reflexão – ou bate papo se preferir.

Vamos lá!

Estímulos desnecessários a cada 90 segundos

Vou me abster de dizer quanto tempo uma pessoa fica no celular ou nas redes sociais hoje (falei disso aqui), mas vou
apenas apontar um fato do documentário:

Muita rede social cria estímulos certos  para você criar hábitos errados. Desde as cores e coisas como “as reticências de que alguém está digitando para você” são pensadas para manter você conectado.

O exagero de perfeccionismo tem um poder destrutivo em nossas mentes. O impacto de nossos hobbies digitais se reflete na visa real. Depressão, busca incessante por likes, e aquele habito moderno de “desconsiderar a experiência ao vivo, em troca de uma foto”.

“Redes sociais? Eu desconfiei desde o princípio!”

 

No documentário da Netflix, é falado a respeito no impacto que isso tem na vida de crianças e adolescentes, uma vez que os adultos não tem mais controle e não existe um filtro ético nas propagandas. Ou seja, seus filhos vão ver sim coisas que não deveriam e que vai desestabilizar seus sentimentos.

Qual uma possível saída para isso? O autocontrole. Mas como todos esses aplicativos e sites são feitos para viciar a gente, a tarefa é difícil de ser cumprida.

A feira onde o produto é você

As redes sociais e seus aplicativos, como o Whatsapp são gratuitos, certo?

De certa forma não.

Os anunciantes são quem bancam a existência desses sites e redes. E o produto, somos nós. Seu consumo, e tempo gasto, e rastro de informações que você deixa para trás, possuem um valor no mercado.

Por isso, existe a engenharia hipnótica: quanto mais tempo você permanece lá, melhor para as redes e seus proprietários.

O que é falado no documentário, e que também já foi discutido muitas outras vezes na mídia, é das permissões que damos ao baixar aplicativos e ao entrar em sites com serviços ditos gratuitos.

Por que um aplicativo de lanterna ou um jogo simples pede tantos acessos pessoais? É como afirmado agora a pouco: o rastro de suas informações tem preço no mercado.

A LGPD pode resolver alguma coisa?

(Se você não sabe o que é a LGPD deixo aqui a referência)

Eu, particularmente, acredito que sim. Mas estou falando quanto ao uso das nossas informações por terceiros.

Essa nova lei (ou conjunto de leis) é um marco regulatório importante em como nossas informações são usadas livremente, em uma “feira” de dados pessoais. Após alguns escândalos internacionais, esse movimento surgiu lá fora – começando na Europa – e finalmente chegou ao Brasil.

Agora, isso não resolve nem alivia a questão do vicio humano em redes sociais e aplicativos – principalmente em Smartphones.

Tecnologia/comunicação ética

Eis a pare que eu queria chegar. Eis a parte que eu queria que você lesse.

O ideal não é achar que tudo referente as mídias digitais e as informações nossas que essas empresas possuem, está ligado ao mal ou a um uso errado.

O que falta, na realidade, é uma comunicação ética e transparente.

Acontece muita coisa sem nosso consentimento. Empresas pedem acesso ao seu celular, fotos e tudo, para te atribuir serviços diversos. Quem nunca leu que “teria que concordar em disponibilizar seu áudio e imagens” ao entrar em um novo aplicativo. Nunca achou isso estranho?

A LGPD veio para criar regulação perante as nossas informações que ficam “soltas”, mas o gargalo é muito maior.

A pergunta que fica no documentário e que deixarei aqui é: será que essas grander corporações (como o facebook) vao começar a se preocupar um dia com esses efeitos destrutivos?

Enquanto isso não ocorre, apenas um último ponto que achei bem interessante.

Inteligência inter-articifical

Eu estava assistindo esses dias uma das aulas do curso do Murilo Gun (um curso gratuito, pode pesquisar) que fala sobre reaprendizagem criativa.

Uma “nova matéria escolar” em nossas vidas vai ser a capacidade de saber interagir com a vida artificial e a tecnologia como um todo. Não é só questão de saber programar, mas de “entender as potencialidades de cada tecnologia”.

A maneira que eu entendo a importância disso, se deve ao fato de que a humanidade apenas sabe usar a tecnologia, mas não detêm o conhecimento de como construí-la, criando um ciclo de dependência dos Apps e dos celulares.

Fazendo uma analogia para facilitar sua compreensão: os índios quando são ainda crianças aprendem como caçar e fazer coisas importantes para sua sobrevivência, mas nossa sociedade deixou de fazer isso no processo da educação.

Indo nessa onda, pode ser que agora com essa nova era da informação seja de suma importância as pessoas saberem como funcionam os processos, e assim se tornarem menos vulneráveis a essas tecnologias.

longlife learning

 

Diego Rezi
@Growth_Lovers

Te ensinando a usar a internet para aprender e Hacks para sua vida.

Escritor e criador de conteúdo freelancer, escrevo também no meu blog pessoal.