As chances dos criativos e do pessoal que escreve em um país de pouca leitura são mínimas. Quem atua com o que eu faço faz por 2 razões:
Na realidade muita coisa fazemos por falta de planejamento e por não nos encontrarmos em nossas vidas.
E tem aquele cara chato, o desemprego.
Mas a tecnologia promete acabar com muitas profissões, e entre elas, estão os redatores. Por isso, temos um prazo de validade.
Nossa criatividade, nossa capacidade de transformar emoções em ações, deve ser explorada em outros lugares, com novos atributos.
E a posição de CVO é o símbolo de que há esperança.
É o símbolo que o mundo, finalmente, fica menos racional e calculista, para ser ideacional e visionário – Afinal hoje as pessoas querem saber
Sonhadores do mundo, Uni-vos!
Sempre amei trabalhar com criação, com sonhos e com os "
mas e se".
Sempre amei entender a filosofia de grandes marcas –
como as famigeradas Apple, Amazon e Tesla – e o impacto que tinham no mundo.
Aí um dia, descubro que existe a possibilidade, que existe uma área para se desenvolver a filosofia de uma empresa,
e de construir um legado.
E isso é excelente!
"A escolha pelo CVO surgiu porque dentro da distribuição dos cargos das staturps, eu percebi que não me encaixava em nenhuma das denominações mais comuns, como CEO ou CTO. Notei que desde sempre estive atuando muito mais na visão do negócio em si, daí o motivo da escolha por CVO"
— Diego Carmona, Leadlovers
Criatividade e capital intelectual: As moedas do futuro presente
Para quem não notou, duas coisas aumentaram em muito o valor, e o radar de muita gente não detectou essas tendências.
O Capital Intelectual mostra que o que diferencia as pessoas, e o que elas valorizam, no fim das contas, é o conhecimento único e singular.
Empresas e equipes que não aprendem, não entendem as mudanças, são substituídas por aqueles que
param, respiram e olham em sua volta.
👉
Adeptos do estudo contínuo tendem a sobreviver nessa realidade.
Já a criatividade e capacidade analítica dos valores das equipes e pessoas (e não das empresas), é o que faz um produto ou um serviço evoluir e nunca cair em desuso.
Isso ocorre pois um CVO jamais deixaria o esforço de uma empresa cair em desuso, uma vez que ele acompanha as mudanças e acredita
no jogo infinito do mundo dos negócios.
"While goods are becoming demonetized, knowledge is becoming increasingly valuable"
(Enquanto bens materiais estão perdendo o valor, o conhecimento apenas ganha valor)
— Michael Simmons
Eis minha tese, de que é só questão de tempo dos CEOs perceberem a necessidade do chefe visionário em suas empresas.
🥱Um erro comum sobre valores das empresas, que o CVO deve desconstruir
É fácil falar de valores quando temos 10 pessoas na equipe, o que torna a disseminação mais fácil.
Porém é impossível fazer 100 ou 1.000 pessoas abraçarem a causa, se os valores das pessoas e das equipes surgem antes,
e não depois dos valores pregados pela marca.
Cabe ao CVO, portanto, em dar uma chance a essas vozes e mindsets, que ficam obstruídos ou ignorados.
O trabalho do CVO: Qual o Legado que ele deve deixar?
Um bom CVO faz um trabalho tão marcante, que mesmo quando este sai ou vem a falecer, seu trabalho cria raízes por gerações, e gera identificação das equipes com suas jornadas.
Suas diretrizes se tornam
playbooks ou até mesmo o
manifesto da empresa.
Portanto, funciona assim (ou ao menos o que eu faria como futuro CVO):
1) O que precisa ser feito: Tudo aquilo que ninguém tem coragem de fazer,
que vai doer, que vai trazer desconforto, mas que é um mal necessário, o CVO deve colocar em ação.
Basicamente ele vai tirar a borboleta do casulo, nem que seja à força...
2)Valores da equipe: Se você for esperto, já notou que os
valores da empresa não colam sempre, e sim os valores das pessoas (dos líderes) e o lado humano dela.
Ninguém pergunta o que um gestor, e seus respectivos
ecossistemas da empresa desejam.
Isso gera conflito.
Portanto, o CVO identifica o que elas podem contribuir hoje, que façam sentido para suas vidas (eu disse VIDA e não trabalho).
As gerações mudam, os valores não persistem. Quem disser que isso é balela, está em sua torre de mármore,
mas beeeem longe do mundo real.
3) Propósito da marca: Nessa hora que entra a parte da visão e da filosofia da empresa, que pode ser adaptada e atualizada, com a ajuda do CVO.
Quando este propósito se alinha aos 2 pontos anteriores, as coisas progridem e a empresa prospera.
Cadê os visionários de sua equipe?
Se o trabalho do CVO for bem feito, e ele tiver apoio dos decisores internos,
e passe livre para atuar e falar com todos da empresa, o trabalho de todos deixa de ser vazio.
— Vocês descobrem uma causa justa, para batalharem todos os dias.
A maior recompensa é a ressignificação do negócio, que começa a ser mais notado pelo público, e claro, pelos próprios colaboradores.
A versão original do Linkedin que fiz há uns anos
está aqui.